quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Fazendo conexão quando Deus parece distante

Nem sempre as circunstâncias são favoráveis. Mas Deus é real a despeito do que sentimos, a despeito das nossas circunstâncias. Num desses domingos, compartilhei uma mensagem que chamei de: "Fazendo conexão quando Deus parece distante." Mergulhei na história de Jó. O que mais me chamou a atenção é que durante todo o período do seu sofrimento, Deus não disse uma só palavra. Mas, no fim de tudo, depois da restauração, Jó afirmou que: agora ele conhecia Deus não apenas de ouvir dizer, mas sim face a face. O que me levou a pensar que mesmo experimentando o melhor de Deus, o seu conhecimento ainda assim era insuficiente. Jó só passou a conhecer a Deus completamente quando teve contado com a face oculta de Deus. Precisamos conhecer o Deus que fala, que se revela, que se mostra; mas também precisamos conhecer o silêncio de Deus, conhecer o Deus que se esconde. Quero conhecer o Deus revelado, mas também quero me aventurar pelos esconderijos de Deus. E você?

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Conectados com Deus...


“Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste.” – João 17.21

Vivemos num mundo onde a palavra de ordem parece ser – conexão.
Estamos conectados pelos satélites, celulares, internet, pelas ondas de rádio, fibras óticas.
Como previu M. MacLuhan, sociólogo e comunicólogo canadense, em seu livro “A Galáxia de Gutemberg” (1962), no futuro o mundo seria uma aldeia, uma aldeia global.
De fato, as pessoas, os lugares, as coisas, estão se tornando muito parecidos uns com os outros. Quem já foi a um shopping em Paris, ou em Niterói, ou em Dubhai, tem aquela misteriosa sensação de “déjà vu”.
Será que, de fato, o planeta está caminhando para ser um só lugar de uma gente só? Com os mesmos interesses, com as mesmas idéias, com as mesmas necessidades? Será isto um despertar ou uma condenação? Isto significa que só agora a humanidade está se recuperando do trauma coletivo-inconsciente sofrido no episódio da construção da Torre de Babel? Ou será que a humanidade está sendo condenada a sofrer uma espécie de pasteurização cultural e psicológica orquestrada pelas grandes corporações globais?
Nas palavras de Jesus só existe um tipo de conexão capaz de nos fazer um. Sem que o fato de sermos todos um, implique na aniquilação do eu – pessoal. O grande projeto de conexão proposto por Cristo, não é que todos os seres humanos, de todas as culturas apenas se comuniquem, ou que consumam as mesmas idéias, ou ainda que se tornem uma massa homogênea. Mas sim, que todos os seres humanos, de todas as culturas, com suas singularidades, encontrem em Deus o verdadeiro propósito para existir. E que propósito seria este? O mesmo propósito declarado no grande mandamento – “Amar a Deus sobre todas as coisas... e amar ao próximo como a si mesmo”. O segredo de ser um com Cristo e com o meu próximo é o amor.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Uma nova abordagem apologética


O dicionário "Aurélio século XXI" define apologia como: "Discurso para justificar, defender ou louvar.". No Novo Testamento, a palavra grega nos escritos neo-testamentarios para "responder" é apologia. Essa palavra aparece em I Pedro 3:15 - "antes santificai em vossos corações a Cristo como Senhor; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a todo aquele que vos pedir a razão da esperança que há em vós".
Quase todas as epístolas foram escritas visando responder aos críticos da fé crista. Tanto dos de fora, como dos de dentro da própria igreja.
A apologética evangélica que nós herdamos, é do fim do século 19. E, porque ela se tornou anacrônica?

1) Não leva em consideração que o Cristianismo perdeu a hegemonia.
O cristianismo tornou-se uma entre tantas outras alternativas a serem escolhidas.
2) Adota uma estratégia de guerrilha.
Enxerga os sem igreja, e os descrentes como adversários, como inimigos, como um povo a ser conquistado ou derrotado.
Se alguém disser que não acredita na Bíblia é tratado como o anti-cristo. Se alguém diz que tem simpatia com o espiritismo é tratado como endemoninhado. Se alguém afirma que não acredita na criação e sim na evolução é tratado como um ateu desgraçado.
Nós não sabemos lidar com as pessoas que se aproximam de nós tendo um outro background.
3) Concentra grande parte do seu esforço apologético no que é periférico e não no que é fundamental.
Ao invés de aprofundar estes temas, muito da nossa apologia tem se prendido à tentativa de provar a localização da arca de Noé. Evocar provas fajutas da falta um dia no universo, porque Josué orou e o sol parou.
4) É desonesta em muitas das suas garantias.
Muitas das afirmações, muitas das garantias oferecidas de um modo generalizado para todas as pessoas são absolutamente desonestas. Quando vejo alguns pregadores eletrônicos afirmarem coisas do tipo: “venha para Cristo você vai parar de sofrer”... “venha para Cristo você será curado de todas as suas enfermidades”... “venha para Cristo você vai ganhar dinheiro”... “Deus fez você para ser cabeça e não cauda”...

Novas posturas apologéticas...
Agora, o fato de sermos uma igreja que entende o seu desafio missionário dentro da pós-modernidade, não quer dizer que estejamos apresentando um outro evangelho.
Nós não temos uma nova doutrina para apresentar. Nós não temos outros fundamentos para sustentar a nossa fé, a não os que já recebemos. O apóstolo Paulo escrevendo para Timóteo disse: “Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido, e que desde a tua meninice sabes as sagradas Escrituras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus.” – 2 Timóteo 3:14-15.
Mas, apesar de não mexer nos fundamentos, nós precisamos ter uma outra postura, uma nova abordagem, uma nova maneira de tornar o evangelho mais acessível para a nossa geração.

1) Nós não oferecemos RESPOSTAS PRONTAS, nós oferecemos uma PERSPECTIVA DE FÉ.
No século XX sentíamos que a melhor que podíamos fazer pelas pessoas era oferecer as respostas mais precisas e detalhadas a respeito de Deus, Jesus, da Bíblia, e da vida espiritual. Achávamos que esta era a melhor apologética que tínhamos para oferecer.
Na velha apologética, agíamos como se tivéssemos respostas prontas para oferecer para as pessoas. Agíamos como se fôssemos matemáticos ensinando a fé como se fosse ciência e ciência exata.
Na nova apologética, nós não oferecemos respostas prontas. Nós oferecemos uma perspectiva de fé. Por que? Porque somente a fé nos oferece um contexto, onde os mistérios de Deus podem ser explorados.
Nós não oferecemos respostas precisas, como se fossem equações matemáticas. As pessoas tem dúvidas. As pessoas tem questionamentos. As pessoas tem perguntas. E o que é que nós oferecemos? Nós oferecemos um ambiente onde podemos trabalhar com suas perguntas, onde podemos vivenciar suas perguntas, explorar possíveis respostas e encontrar direção para o que fazer.
Eu não estou dizendo com isto que qualquer tipo de crença é válido. Não estou afirmando que todo tipo de fé é válida. Claro que não.
Nós precisamos deixar de lado aquela ingenuidade que acha que a vida é um problema a ser resolvido com respostas fáceis. Nós precisamos ser maduros o suficiente, a ponto de saber que por trás dos problemas da vida e dos aparentes paradoxos, a vida é, em seu cerne, um mistério a ser explorado. E não há como explorar o mistério da vida, sem a dimensão da fé.
Precisamos de uma nova apologética que nos ajudará a lidar e a viver mistérios extraordinários, como os mistérios da Criação, da Encarnação, da Trindade, da Salvação, do Espírito Santo e da Unidade Cristã. Precisamos nos aproximar desses mistérios com senso de reverência, humildade, dependência de Deus e com o coração cheio de fé.

2) Nós não nos prendemos ao que é PERIFÉRICO, mas nos concentramos no que é ESSENCIAL.
Nós precisamos aprender a refletir sobre temas que são fundamentais para a vida. Temas que realmente são relevantes. Temas que são essenciais para a construção de uma fé robusta, plena.
Não dá mais para ficar tendo de lidar com uma temática de alienação. Faça uma retrospectiva e tente se lembrar dos temas que ocuparam a nossa agenda nos últimos 10 ou 15 anos...
- Maldição hereditária; dente de ouro; mensagens subliminares; demônios territoriais; cair no espírito; unção do riso e outras...
Agora pense comigo, enquanto o vazio espiritual, a pobreza, a corrupção, as doenças, a fome, o analfabetismo estão engolindo as pessoas, solapando suas vidas, esta tem sido a agenda temática do povo que se chama evangélico em nosso país.
Que assuntos devem ocupar a nossa reflexão, quais os grandes temas sobre os quais nós precisamos nos debruçar, com oração e dependência de Deus? Temas como: Cuidado com o meio-ambiente; a prática da ética do Reino de Deus como ensinada por Jesus; o valor e a importância da mulher, a graça de Deus. O apóstolo Paulo alertou: “Fique longe das discussões tolas e sem valor, pois você sabe que elas sempre acabam em brigas.” – 2 Timóteo 2.23 (NTLH).

3) Nós mostramos muito mais QUEM NÓS ESTAMOS COMPROMETIDOS A SER do que em que nós cremos.
As pessoas não estão interessadas no que nós cremos, elas querem saber como é que nós vivemos. Elas não se deixam impressionar com a precisão da nossa argumentação, elas estão muito mais interessadas em saber em que tipo de pessoa você está comprometido a ser.
Elas querem saber como nós nos relacionamos com a nossa família; como lidamos com o poder; como lidamos com os nossos líderes; como lidamos com os bens.
A questão não é tanto se você tem uma conduta impecável. Todo mundo sabe que perfeição é impossível. A questão central é: em quem você está comprometido a ser? Em quem você está se tornando? O cristianismo deve se distinguir por sua relevância para a vida, e não apenas por sua racionalidade intrínseca. Pedro escrevendo aos crentes disse: “Tenham sempre a consciência limpa. Assim, quando vocês forem insultados, os que falarem mal da boa conduta de vocês como seguidores de Cristo ficarão envergonhados.” – 1 Pedro 3.14 (NTLH).
Antes de falar qualquer coisa, precisamos conquistar o direito de sermos ouvido.

4) Antes de tentar convencer as pessoas precisamos ter o compromisso de AMÁ-LAS.
Jesus não é um conquistador de consciências. Jesus é um conquistador de corações.
Eu acredito que nós precisamos mais do que uma abordagem meramente intelectual. Nós precisamos construir uma apologia mais abrangente, mais humana, mais cristã, O que eu estou realmente propondo é que trabalhemos para construir o que eu estou chamando de uma apologia relacional.

sábado, 24 de janeiro de 2009

Igreja Batista da Orla de Niterói - 10 anos

Este vídeo foi produzido por Lael Previtalli - e todos os participantes fazem parte da nossa comunidade.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

The Obama inauguration Opening Prayer by Rick Warren

Oração feita pelo Pr. Rick Warren na cerimônia de posse do Presidente Obama.


A opção por Rick Warren para proferir a oração na tomada de posse de Obama causou fúria nos setores mais liberais da sociedade americana. Apesar de não fazer parte da “linha dura” do movimento evangélico americano, Warren defende que os cristãos não devem abdicar de cinco coisas: aborto, casamento gay, clonagem humana, eutanásia e investigação de células estaminais. Pr. Rick Warren é o pastor mais influente da América nos dias atuais. É o fundador e pastor da Igreja de Saddleback, na Califórnia. É autor do livro "Uma Vida com Propósitos". Pessoalmente, acredito que a escolha não poderia ter sido melhor. Assista a oração do Pr. Rick Warren, na posse do presidente Obama, no vídeo acima.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Eleições nos EUA


Há 44 anos, os negros americanos conquistaram o direito de ocupar qualquer assento nos meios de transporte público nos EUA. Agora, uma mão negra tem o direito de apertar o botão do holocausto.
Na foto acima, Obama discursa em Berlim. Cidade que serviu de cenário para o Nazismo, onde negros foram presos e mortos. Minha avó dizia sempre: "O munda dá voltas...".
Queira Deus que os EUA tenham deixado para trás suas diferenças raciais. Que as "mudanças" profetizadas pelo novo presidente americano se realizem. Vida longa ao presidente Barack Obama!